sexta-feira, 9 de março de 2012

Primeiros Caminhões brasileiros da marca e linha 2012 da VW


MAN exibe primeiros caminhões brasileiros da marca e linha 2012 da VW


MAN exibe primeiros caminhões brasileiros da marca e linha 2012 da VW
Fabricante alemã, que também comercializa os produtos da Volkswagen Caminhões e Ônibus, produzirá dois modelos MAN na fábrica de Resende, estado do Rio. Toda a linha 2012 da Volkswagen recebe modificações 
 
por Tulio Moreira
MotorDream
 
A MAN Latin America apresentou nesta sexta-feira (16/9) os dois primeiros modelos produzidos na fábrica do grupo em Resende, no estado do Rio de Janeiro. Os caminhões TGX 29.440 6x4 BBS e TGX 33.440 6x4 BBS serão pré-lançados durante a 18ª Fenatran - Salão Internacional do Transporte -, em outubro, e terão as primeiras unidades entregues a partir de março de 2012. Com os dois produtos, o grupo MAN Latin America, que atualmente comercializa apenas os produtos da Volkswagen Caminhões e Ônibus, expande sua presença e entra no segmentos de caminhões extrapesados.
 
 
Os dois modelos serão vendidos no segmento acima de 57 toneladas e motorização com mais de 400 cv – categoria que ainda não tinha representantes do grupo. A companhia alemã também apresentou a linha 2012 de produtos da Volkswagen Caminhões e Ônibus, que foi totalmente renovada para se adequar às normas da sétima etapa do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve 7), que corresponde aos parâmetros do Euro 5. Além disso, ainda recebeu uma série de inovações e recebeu a denominação de Advantech.
 
A linha 2012 totaliza 25 novos modelos de caminhões Volkswagen e quatro novos modelos de caminhões MAN – sendo dois importados da Alemanha – e será apresentada ao público brasileiro durante a Fenatran, no final de outubro. “Os lançamentos colocam a MAN Latin America em todos os segmentos de caminhões do Brasil, com potencial para consolidar ainda mais a liderança da marca”, destaca Roberto Cortes, CEO do grupo. 
 
 
O grupo alemão terá duas tecnologias diferentes adequadas às normas do Proconve 7, que passa a vigorar a partir de janeiro do próximo ano. Os modelos equipados com motor da fabricante Cummins, de quatro ou seis cilindros, utilizarão a tecnologia SCR (Selective Catalytic Reduction), que necessitam do fluido Arla (Agente Redutor Líquido Automotivo) 32, feito a base de ureia e água desmineralizada, para atingir o nível de emissões de poluentes previsto pelo Euro 5 – que reduz 80% do nível de emissões de material particulado e 60% do nível de óxido de nitrogênio, em relação ao padrão Euro 3, vigente até o dia 31 de dezembro. O fluido Arla 32 evita a emissão das partículas de óxido de nitrogênio resultantes da combustão do motor para a atmosfera. O produto precisa ser substituído a cada cinco abastecimentos com diesel, o que acaba onerando os custos com a manutenção do caminhão.
 
Como alternativa a essa tecnologia, a MAN Latin America apresentou os motores com tecnologia Exhaust Gas Recirculation (EGR). O sistema será produzido em motores da marca MAN e reaproveita os gases de exaustão por meio de um controle eletrônico. Uma parte dos gases é resfriada e retorna para a câmara de combustão. O processo diminui a quantidade de óxido de nitrogênio contida nos gases de escape, e elimina a necessidade de utilizar o Arla 32 para cumprir os parâmetros previstos no Euro 5.
 
 
Para viabilizar a tecnologia EGR, a MAN precisou adicionar um catalisador de oxidação no conjunto mecânico. Em contrapartida, eliminou a necessidade de um tanque específico para o Arla 32. “A principal vantagem é que o motorista não precisa se preocupar com a reposição do fluido durante o uso do veículo”, reforça Gastão Rachou, diretor de Engenharia do grupo. Até o momento, a MAN é a única marca a oferecer no Brasil caminhões dentro do padrão Euro 5 que dispensam o uso do Arla 32.
 
A base de engenharia empregada no desenvolvimento do sistema EGR foi trazida da Alemanha mas, segundo a MAN, incorporou modificações e atualizações a partir de estudos realizados pelos engenheiros brasileiros da marca. Devido aos custos de investimento e desenvolvimento e à presença de algumas peças importadas na montagem dos caminhões com motores SCR e EGR, a MAN estima um aumento médio de 15% no preço da gama. A marca também estima uma alta de 10% no preço do diesel adequado para o padrão Euro 5, que apresenta baixo teor de enxofre e estará inicialmente disponível em cerca de 2.500 postos credenciados, localizados nas principais metrópoles e regiões estratégicas do país.
 
 
Segmento aquecido – Em decorrência da alta de preço dos produtos - decorrente das alterações tecnológicas introduzidas em virtude da nova legislação - , a MAN já trabalha com a possibilidade de queda no volume de vendas ao longo dos primeiros meses de 2012. Por isso, negocia com o governo formas de implementar uma linha de financiamento especial para os veículos que poluem menos e de isentar temporariamente as peças importadas empregadas na montagem dos motores. Apesar disso, o grupo acredita que conseguirá manter um nível de crescimento de dois dígitos para 2012.
 
“O principal foco da MAN é aproveitar o aquecimento da economia brasileira, especialmente em relação às obras de infra-estrutura demandas pelo PAC e pelos grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio de Janeiro de 2016”, afirma Ricardo Alouche, diretor de Vendas, Marketing e Pós-Vendas. O executivo explica que este nicho da indústria brasileira também deve crescer por causa da necessidade de substituição da frota nacional, que possui média de 18 anos de uso.
 
Durante a apresentação dos dois modelos MAN que estão sendo produzidos no Brasil, o CEO do grupo alemão, Roberto Cortes, também reiterou o interesse em expandir a capacidade de produção e ampliar a oferta de produtos da linha MAN e VW Ônibus e Caminhões. Além dos novos motores atualizados em relação ao padrão Euro 5, a MAN operou mudanças de acabamento interno na linha VW, que abrange os modelos Delivery, Worker e Constellation.
 
O grupo MAN, que incorporou a Volkswagen Caminhões e Ônibus em 2009, é líder do mercado de caminhões pelo nono ano consecutivo. No acumulado de janeiro a agosto deste ano, a marca registrou participação de 30,3% do mercado de caminhões e 33,3% do segmento de ônibus – ocupando o segundo lugar. Contabilizando as duas categorias, o grupo alemão comercializou 48.012 unidades nos oito primeiros meses do ano, e prevê encerrar 2011 com 70 mil ônibus e caminhões comercializados – crescimento de cerca de 10% em relação ao ano passado.
 
 
Fenatran – No Salão Internacional do Transporte, que será realizado de 24 a 28 de outubro em São Paulo, a MAN Latin America irá apresentar protótipos que investem em fontes alternativas de energia, incluindo uma solução híbrida. A marca também irá mostrar o ônibus bicombustível movido a diesel ou gás natural veicular, desenvolvido em parceria com o governo do Rio de Janeiro. Na feira, o grupo também mostrará um caminhão flex movido a diesel e etanol, que já está em testes internos e consegue reduzir em 40% a emissão de gás carbônico e 60% a emissão de material particulado.
 
A MAN trará ainda caminhões e ônibus híbridos que combinam propulsores diesel e elétrico, mas só a título de curiosidade. “Acreditamos que essa tecnologia ainda não é adequada para a realidade brasileira, por causa do alto custo de implantação”, afirma Roberto Cortes. O grupo mostrará outro conjunto híbrido, batizado de diesel hidráulico. Este protótipo acumula energia cinética da frenagem, de forma hidráulica, que é posteriormente convertida em energia para o funcionamento do motor.
 

Mercedes-Benz lança linha 2012 de caminhões

Mercedes-Benz lança linha 2012 de caminhões


Campinas (SP) - Com a 18ª edição do Salão Internacional do Transporte (Fenatran) batendo à porta, os fabricantes de veículos pesados se apressam para antecipar os lançamentos de novas linhas de ônibus, caminhões e utilitários. Esta semana foi a vez da Mercedes-Benz, a segunda maior no segmento de caminhões no Brasil, lançar a linha 2012 dos seus veículos de carga.
Nova família da montadora terá capacidade de carga ampliada. (Divulgação)
Nova família da montadora terá capacidade de carga ampliada.

Foi a primeira vez que a empresa de origem alemã realizou uma renovação completa e de uma só vez em sua frota no Brasil. E não são poucas as novidades. "Não estamos apenas modernizando, atualizando e melhorando os nossos produtos. Uma nova Mercedes-Benz está surgindo, ainda mais forte e competitiva. Inauguramos assim, de formamarcante, uma nova era para a nossa empresa", afirma Jürgen Ziegler, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO para a América Latina.

Antes de falar dos novos caminhões é importante destacar a reformulação dos furgões Sprinter. A partir de abril de 2012, os transportadores poderão adquirir o novo modelo já com a tecnologia Blueefficiency que atende à legislação Proconce P-7 para a redução da emissão de poluentes. Além disso, o Sprinter passou por uma mudança no visual. O utilitário perdeu um pouco daquele jeitão quadrado e ficou com design mais moderno e arrojado. A capacidade de carga também foi aumentada em 400 kg, o que gera mais produtividade ao proprietário.

 (Divulgação)

"A nova geração irá proporcionar muito mais vantagens aos clientes, contribuindo para maior produtividade em suas atividades de transporte de cargas ou de passageiros, resultando em maior rentabilidade", ressalta Joachim Maier, vice-presidente de Vendas da Mercedes-Benz do Brasil.

Entre os caminhões também há novidades. A primeira é a aposentadoria do caminhão leve 710, conhecido como "Mercedinho". O modelo histórico da marca alemãdará lugar a linha Accelo, com as versões 815 e 1016. "A nova linha dá continuidade a uma trajetória de sucesso de 40 anos dos caminhões leves da nossa marca no país. Do pioneiro 608Dde 1972 ao consagrado 710 da linha atual, são mais de 185 mil unidades comercializadas no país", diz Maier.

Uma das grandes mudanças na linha de caminhões leves é a maior capacidade de carga. Com 8.300 kg de peso bruto total PBT, o Accelo 815 oferece 1.600 kg a mais em relação ao 710, o modelo mais vendido do Brasil em sua categoria.

Já entre os "pesadões" a principal notícia dada pela Mercedes foi que, a partir de janeiro de 2012, o top de linha da marca, o Actros, passará a ser produzido no país, na planta de Juiz de Fora (MG), que está sendo adaptada para a montagem de caminhões.Outra novidade do gigante de 456 cavalos é o câmbio automatizado PowerShift 2, que agora conta com sensor de inclinação da via.

A nova linha de caminhões da Mercedes estará nas lojas a partir de janeiro de 2012. Os preços deverão ser revelados durante a Fenatran, que ocorre em São Paulo de 24 e 28 de outubro (com cobertura do Diario/Vrum). O que é certo é que todos os modelos chegarão mais caros entre 6% e 10% devido às novas tecnologias para atender à legislação ambiental. 

História dos caminhões no Brasil

História dos caminhões no Brasil



O L-312 foi o primeiro caminhão da Mercedes Benz fabricado no Brasil. Lançado em 1956, era chamado de "Torpedo" por causa do formato do cofre do motor, que lembrava um projétil. Com capacidade para 6 toneladas de carga, era considerado um caminhão médio. O motor de 6 cilindros em linha e injeção direta, desenvolvia 100 cavalos. Foi o primeiro caminhão fabricado no Brasil movido a diesel. Naquele tempo, isso era uma novidade, pois de cada 100 caminhões que rodavam no Brasil, 98 usavam gasolina. Um L-312 com cinco toneladas de carga fazia mais ou menos 6 quilômetros por litro. No ano de 1958, O L-312 foi substituído pelo cara-chata LP-321. Em 1964 foi lançado o L-1111 e na década de 70 começou a ser fabricado o L-1113, o caminhão mais vendido no brasil em toda a história, com mais de 200.000 unidades comercializadas.
Ford lançaria em agosto de 1957 o F-600 com motor V8 de 4,5 litros a gasolina, com 161 cv de potência e capacidade de 6,5 toneladas. Saiu da linha de montagem da antiga fábrica da Ford no bairro do Ipiranga, com índice de nacionalização de 40%. Até então, os veículos eram montados no Brasil com peças importadas dos Estados Unidos. O primeiro desafio do Ford F-600 nacional foi uma viagem histórica até Caruaru, em Pernambuco, enfrentando mais de 1.500 km de estradas, sendo 1.100 km não pavimentados. Em 1959, foi lançado o caminhão médio F-350, como motor V8 e 2.670 kg de capacidade de carga. Em 1961, ano da inauguração de Brasília, a Ford lançou o primeiro F-600 com motor a diesel e em 1975 começou a ser produzida a F-4000 equipado com motor MWM a diesel. Em 1977 a linha de produtos foi ampliada com o lançamento dos modelos F-7000, FT-7000, F-8000 e FT-8500, o primeiro cavalo-mecânico da Ford.
 Em 1934 desembarcaram os primeiros quatro caminhões da Volvo no Brasil. Em pouco tempo, os caminhões Volvo ficariam famosos em todas as regiões do País por conta de sua qualidade, robustez e resistência ao rodarem na então minguada malha rodoviária nacional das décadas de trinta e quarenta, formada majoritariamente por estradas precárias. Nestes dois primeiros anos, prevaleciam veículos com motores do tipo “H”, com 4,1 litros e 75cv, e os FCH e FDH, de 4,39 litros e 90cv. No início alguns lançamentos da Volvo tornaram-se famosos no Brasil: o L385 “Viking” e o L395 “Titan”. Somente em 1980 seria fabricado o primeiro modelo nacional, o NL-10. 
O L-75 foi o primeiro modelo fabricado pela Scania aqui no Brasil pela então Scania-Vabis. Ele começou a povoar as rodovias brasileiras a partir 1959. Nos primórdios, os caminhões eram produzidos na linha de montagem da Vemag, que importava veículos Scania-Vabis desde 1951. O motor era importado da Suécia, e cerca de 35% das peças eram nacionais. A partir de junho de 1960, com uma fábrica de motores já instalada no bairro Ipiranga, a Scania-Vabis assume a produção completa dos veículos, com motor brasileiro e montagem na Vemag. Em 12 de dezembro de 1962, é inaugurada a fábrica da Scania-Vabis em São Bernardo do Campo (SP). A Scania assume a produção completa dos caminhões, desde o motor até a linha de montagem.  O L-75 tinha o motor D-10 de 6 cilindros com 165 cv de potência. Com relação às cores, os primeiros L 75 saíram da linha de montagem na cor cinza-claro. A partir de agosto de 1960, o modelo passa a ser pintado de azul e, em abril de 1963, a cor dos caminhões passa a ser o laranja. A cor dos modelos era padrão por um motivo simples: a linha de montagem não tinha capacidade de disponibilizar diferentes opções de cores. Em 1976,  foi lançado o L-111 com motor de 203 cv. O modelo estava disponível em três versões: LS, com dois eixos traseiros, LT, com dois eixos traseiros traçado e L, na versão 4×2.