sexta-feira, 9 de março de 2012

História dos caminhões no Brasil

História dos caminhões no Brasil



O L-312 foi o primeiro caminhão da Mercedes Benz fabricado no Brasil. Lançado em 1956, era chamado de "Torpedo" por causa do formato do cofre do motor, que lembrava um projétil. Com capacidade para 6 toneladas de carga, era considerado um caminhão médio. O motor de 6 cilindros em linha e injeção direta, desenvolvia 100 cavalos. Foi o primeiro caminhão fabricado no Brasil movido a diesel. Naquele tempo, isso era uma novidade, pois de cada 100 caminhões que rodavam no Brasil, 98 usavam gasolina. Um L-312 com cinco toneladas de carga fazia mais ou menos 6 quilômetros por litro. No ano de 1958, O L-312 foi substituído pelo cara-chata LP-321. Em 1964 foi lançado o L-1111 e na década de 70 começou a ser fabricado o L-1113, o caminhão mais vendido no brasil em toda a história, com mais de 200.000 unidades comercializadas.
Ford lançaria em agosto de 1957 o F-600 com motor V8 de 4,5 litros a gasolina, com 161 cv de potência e capacidade de 6,5 toneladas. Saiu da linha de montagem da antiga fábrica da Ford no bairro do Ipiranga, com índice de nacionalização de 40%. Até então, os veículos eram montados no Brasil com peças importadas dos Estados Unidos. O primeiro desafio do Ford F-600 nacional foi uma viagem histórica até Caruaru, em Pernambuco, enfrentando mais de 1.500 km de estradas, sendo 1.100 km não pavimentados. Em 1959, foi lançado o caminhão médio F-350, como motor V8 e 2.670 kg de capacidade de carga. Em 1961, ano da inauguração de Brasília, a Ford lançou o primeiro F-600 com motor a diesel e em 1975 começou a ser produzida a F-4000 equipado com motor MWM a diesel. Em 1977 a linha de produtos foi ampliada com o lançamento dos modelos F-7000, FT-7000, F-8000 e FT-8500, o primeiro cavalo-mecânico da Ford.
 Em 1934 desembarcaram os primeiros quatro caminhões da Volvo no Brasil. Em pouco tempo, os caminhões Volvo ficariam famosos em todas as regiões do País por conta de sua qualidade, robustez e resistência ao rodarem na então minguada malha rodoviária nacional das décadas de trinta e quarenta, formada majoritariamente por estradas precárias. Nestes dois primeiros anos, prevaleciam veículos com motores do tipo “H”, com 4,1 litros e 75cv, e os FCH e FDH, de 4,39 litros e 90cv. No início alguns lançamentos da Volvo tornaram-se famosos no Brasil: o L385 “Viking” e o L395 “Titan”. Somente em 1980 seria fabricado o primeiro modelo nacional, o NL-10. 
O L-75 foi o primeiro modelo fabricado pela Scania aqui no Brasil pela então Scania-Vabis. Ele começou a povoar as rodovias brasileiras a partir 1959. Nos primórdios, os caminhões eram produzidos na linha de montagem da Vemag, que importava veículos Scania-Vabis desde 1951. O motor era importado da Suécia, e cerca de 35% das peças eram nacionais. A partir de junho de 1960, com uma fábrica de motores já instalada no bairro Ipiranga, a Scania-Vabis assume a produção completa dos veículos, com motor brasileiro e montagem na Vemag. Em 12 de dezembro de 1962, é inaugurada a fábrica da Scania-Vabis em São Bernardo do Campo (SP). A Scania assume a produção completa dos caminhões, desde o motor até a linha de montagem.  O L-75 tinha o motor D-10 de 6 cilindros com 165 cv de potência. Com relação às cores, os primeiros L 75 saíram da linha de montagem na cor cinza-claro. A partir de agosto de 1960, o modelo passa a ser pintado de azul e, em abril de 1963, a cor dos caminhões passa a ser o laranja. A cor dos modelos era padrão por um motivo simples: a linha de montagem não tinha capacidade de disponibilizar diferentes opções de cores. Em 1976,  foi lançado o L-111 com motor de 203 cv. O modelo estava disponível em três versões: LS, com dois eixos traseiros, LT, com dois eixos traseiros traçado e L, na versão 4×2.


Nenhum comentário:

Postar um comentário